Chevrolet Classic tem manutenção barata e grande oferta no mercado de usados
Não é surpresa pra ninguém que no mercado de usados, prosperam modelos de baixo custo de manutenção, mecânica resistente e facilidade de revenda. Unir todos esses quesitos nem sempre é fácil, ainda mais quando se exige também valor acessível e espaço interno. Mas saiba que há um veterano que ainda bate um bolão no varejo: o Chevrolet Classic.
Mercado
Ele figura entre os dez modelos mais negociados segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), com uma média de 16 mil unidades negociadas mensalmente. Para se ter uma ideia o Prisma, gira em torno de 10 mil unidades no mercado de usados.
Identidade
O Classic é o segundo nome do Corsa Sedan. Ele perdeu a alcunha original quando a GM resolveu lançar a segunda geração no final de 2002. Ao invés de aposentar a carroceria três volumes, como fez com o hatch, a marca decidiu mantê-lo no mercado devido ao seu bom volume de vendas.
Um fato curioso é que a segunda geração do Corsa Sedan morreu em 2012, para a chegada da segunda geração do Prisma que assumiu o posto de sedã compacto, enquanto o Classic foi mantido até 2016.
Virtudes
O segredo do Classic estava na capacidade de oferecer preço agressivo, baixo consumo e bom volume de porta-malas. Mas desde que recebeu a nova denominação, o sedã perdeu refinamento.
Depois de 2014, quando passou a vigorar a obrigatoriedade dos freios ABS e airbag duplo, a GM passou a oferecer o carrinho, na linha 2015, com um pacote que incluía direção hidráulica e ar-condicionado de série. Era uma forma de oferecer um pacote mais atraente para atenuar o encarecimento do modelo.
Mercado
Os preços do Classic segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) varia entre R$ 12.600 e R$ 28 mil. Se formos voltar no tempo e considerar o Corsa Sedan (de primeira geração) os preços ficam abaixo dos R$ 9 mil.
No varejo, o sedãzinho é bem valorizado. As unidades mais novas podem chegar a até R$ 31 mil. E até mesmo as mais antigas não saem por menos R$ 10 mil.
A opção
Uma sugestão para quem busca um Classic é apostar nas unidades 2015 ou 2016. Vale a pena por terem menor tempo de uso e também por incluírem direção e refrigeração de série e não como opcionais. Segundo a Fipe, os valores variam entre R$ 26 mil e R$ 28.600.
Equipamentos
A lista de itens de série conta com:
- Direção hidráulica,
- Ar-condicionado,
- Aquecedor,
- Desembaçador traseiro,
- Quadro de instrumentos com conta-giros,
Opcionais
Opcionalmente ele poderia ser equipado com:
- Vidros dianteiros elétricos,
- Trava central das portas,
- Alarme,
- Rádio com USB e Bluetooth,
Ao volante
O Classic é um carrinho para que precisa de porta-malas, mas não pode se dar ao luxo de comprar um sedã compacto novo. Hoje as opções mais acessíveis beiram os R$ 50 mil. Daí se a necessidade for apenas pelo bagageiro é possível resolver o problema com a metade do preço.
O que pesa no Classic é seu acabamento. O carro tem materiais simples, plástico duro e mesmo que os forros de porta sejam em tecido, a qualidade é bastante rudimentar.
A posição de dirigir também está longe de ser exemplar, com sua pedaleira desalinhada em relação ao volante e posição muito baixa.
O espaço interno também não é dos melhores. O Classic deriva de um projeto elaborado no início da década de 1990 para um hatch subcompacto. Ele leva quatro adultos sem sofrimento, mas se os ocupantes da frente tiverem estatura elevada, os passageiros de trás ficaram espremidos.
Os 390 litros do porta-malas estão longe dos bagageiros grandões que temos visto nos dias de hoje em modelos como Logan, Virtus, Versa e Cronos, mas mesmo assim é quase o dobro do que são ofertados no hatches populares.
Motor em câmbio
A unidade 1.0 de 78 cv e 9,7 mkgf de torque da conta de empurrar os 905 quilos do Classic. O problema é quando o carro está com lotação máxima e porta-malas carregado.
No uso cotidiano ele desenvolve bem. A caixa manual de cinco marchas segue o bom padrão da GM, mas tem escalonamento que privilegia o ganho de rotação rápida. Assim, ele é um carrinho que é muito esperto na cidade, mas tende a esgoelar na estrada.
Seu consumo gira em torno de 10,7 km/l na cidade, com uso de gasolina. Na estrada não vai além dos 13,0 km/l, justamente por causa da relação que, mesmo de quinta, é mais curta.
Ponto final
O Classic é um automóvel que se fez valer pelo custo/benefício. Trata-se de um carro sem refinamento, mas que atende bem quem precisa de um porta-malas e não se importa em dirigir um automóvel projetado nos anos 1990.
Por outro lado, ele se destaca pela economia de combustível e por não pregar sustos na oficina. Não é à toa que está entre os dez mais negociados do varejo.
Fonte: autossegredos.com.br